Em uma manifestação de forte impacto na indústria musical, mais de 400 artistas uniram-se no movimento No Music for Genocide para promover um boicote cultural a Israel. A iniciativa consiste em geo-bloquear suas obras nas plataformas de streaming disponíveis no país, uma resposta direta ao que os participantes descrevem como genocídio em Gaza, limpeza étnica na Cisjordânia e apartheid dentro de Israel. Este ato representa uma tomada de posição significativa, utilizando a tecnologia digital como ferramenta de protesto político e social.
A adesão ao movimento abrange uma gama diversificada de artistas e gêneros, evidenciando o alcance da mobilização. O grupo Massive Attack, vinculado à Universal Music Group, tornou-se o primeiro de uma grande gravadora a anunciar publicamente a remoção de seu catálogo do Spotify na região. A lista de participantes notáveis inclui:
- Faye Webster
- Arca
- Japanese Breakfast
- MIKE
- King Krule
- Fontaines D.C.
- Rina Sawayama
- Aminé
- Kelela
- Amyl and the Sniffers
- MJ Lenderman
- Kneecap
- Mannequin Pussy
- Carole King
O movimento No Music for Genocide insere-se em uma mobilização cultural mais ampla e estende as ações do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), criado em 2005. A particularidade desta iniciativa reside no uso estratégico das ferramentas de geo-bloqueio, um recurso tecnológico que permite restringir o acesso ao conteúdo por região geográfica, modernizando as formas de boicote cultural. Os organizadores reforçam que qualquer artista pode participar, bastando contatá-los através do site oficial da campanha para obter as instruções necessárias.






